quarta-feira, 12 de março de 2008

Revelação: Espanto ou Transformação



Quando Paulo em sua jornada de perseguição aos cristãos na estrada em direção a Damasco se deparou com o “resplendor de uma luz que vinha do céu”, caiu literalmente em terra, tombou ante o Senhor, que lhe perguntou: "por que me persegues"? Notem que naquele momento o Senhor se revelara a Paulo de maneira poderosa, onde o próprio Paulo reconhecendo Jesus pergunta: “Que queres que eu te faça?” Tal pergunta só foi possível por que a revelação gerou no coração de Paulo transformação.

No desenrolar da história constatamos que Paulo não estava sozinho, mas com ele havia outros homens, “..... E os varões que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém .....” (At 9:7) . É de se espantar que hoje em dia muitos de nós passemos pelas mesmas circunstâncias que esses homens passaram, vêem a revelação do Senhor diante de seus olhos, mas nada os acontece, são somente espectadores, apenas espantam-se mais continuam suas vidas rigorosamente iguais. Percebam ainda mais, eles somente param, enquanto Paulo se prostra por não conseguir resistir à presença e a atuação do Senhor em sua vida.

Aprendo uma lição interessante disso, por maiores que sejam as revelações do Senhor para as nossas vidas, ministérios, igreja, de forma natural ou sobrenatural, jamais poderemos cumpri-las se de fato não cairmos com os nossos rostos em terra diante do Senhor e perguntarmos a ele o que devemos fazer. É possível sermos derrubados pelo poder de Deus e continuarmos de pé, espiritualmente falando, não nos submetendo a sua vontade. Aqueles homens poderiam ter sido jogados ao chão, mas seria apenas uma demonstração de força e poder do Senhor, jamais se humilhariam de coração diante do Altíssimo, ou se renderiam a presença gloriosa do Senhor em suas vidas. Sabemos que por onde Jesus passou houve transformação, só não para aqueles que não se permitiram viver a deleitosa mudança e continuaram os mesmo, a exemplo de Judas e outros.

Assim temos sido, na maioria das vezes, espantados, mas não transformados; atônitos, mas não rendidos; preferindo sacrificar a obedecer; usufruindo, mas nunca renunciando, preferindo o pecado a submeter-se a santificação. Muitos têm se espantado ao ver Jesus operando, são obrigados a parar para contemplar as maravilhas, mas é apenas uma pausa no caminho para baixo.

Estes homens serviram de guia, sem dúvida, a Paulo para Damasco, visto que a luz do céu o tinha cegado temporariamente, embora precisassem reconhecer que, mais que Paulo, eles precisavam de um guia. São cegos que pensam ter a luz, mas suas almas, corpos, mentes e corações, andam nas mais profundas trevas, assim são muitos em nosso meio hoje.

Precisamos urgentemente nos prostrar, cair em terra diante da luz resplendorosa de Jesus, da revelação que o Senhor tem dado a nossa geração, derramar o nosso coração em sua presença, buscar a Sua face, sermos transformados de glória em glória e não meramente espantados, mas nos dispormos a cumprir com diligência e perseverança sua obra e avançar poderosamente para o alvo de saquear o inferno e conquistar vidas.
E disse o Senhor: Levanta-te e entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer. (At. 9:6).



Com amor e carinho, Flávio Filho.

Aprendendo a Confiar




“Você é abençoada, pois creu que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.” Lc. 1:45


Nossa vida ou a maneira como a levamos muitas vezes se parece a um motor de ar condicionado desses hoje ditos ambientais com aqueles termostatos, esses presentes em nossos carros ou em nossas casas, que não operam de forma continua, dando sempre aquela parada e depois começando o ciclo novamente. Esse é um prático exemplo que nos ajuda a compreendermos o que é essa tal intermitência. Pois nada mais é do que as sucessivas interrupções nos curso de nossas vidas, estou falando da inconstância, das frustrações, da “pisada na bola”, gerando em nós uma profunda insatisfação e muitas vezes entristecendo familiares, amigos, que é motivada pela falta de continuidade.

Falo aqui dos nossos altos e baixos, de dificuldades, deslealdades, falo em termos dos nossos atropelos emocionais, espirituais, profissionais e familiares (pessoais). Por favor, não me entenda mal, não é que não tenhamos problemas ou não possamos errar, não é isso, mas me refiro a essa vida que simplesmente não anda continuamente, é inerte, é travada, que não é plena, porque é exatamente assim que muitos de nós vivemos.

Estamos alegres hoje, amanha profundamente infelizes, depois serenos demais e no próximo instante muito irritados, muito espirituais e minutos depois altamente carnais, é isso que quero abordar, essa inconstância. Esses momentos intermitentes, penso serem um reflexo do desarranjo ocasionado em alguma área de nossas vidas e que às vezes pensamos não ter nenhum relacionamento com as demais, e é ai que nos enganamos, porque não somos só espirituais, somos carnais também, não somos só emocionais e não racionais.

Somos o todo, porque as diversas áreas de nosso ser estão interligadas e aí aproveito para constatar o óbvio, que se meu relacionamento com Deus é falho será falho com meu irmão, se me desleixo na saúde física, a saúde espiritual será um caos e vice-versa, e aí novamente constato que essa intermitência é gerada pela fragmentação dessas áreas na ilusão de setoria-las. Percebo então que a maneira como somos e vivemos acaba por ser o reflexo de como conseguimos harmonizar cada área de forma plena.

È aqui que nossa jornada começa, vemos que essas características não são pertinentes a era pós-moderna, mas o próprio conteúdo bíblico nos mostra essa intermitência bem presente na vida dos servos de Deus, vemos o próprio povo na saída do Egito e em toda sua peregrinação pelo deserto mostrando traços marcantes dessa interrupção mesmo com todo o amparo miraculoso. Encontramos uma gama de eventos que nos reportam isso, mas a pergunta que faço, é o que poderia quebrar esse ciclo literalmente falando? O que fazer? Qual ou quais os exemplos seguir?

Então observando atentamente a vida de Maria percebi que poderemos pegar o gancho no exemplo dela para quebrar essas interrupções, este “gancho” é a dependência no Senhor, a crença cega de que o Senhor cumprirá suas promessas para nossas vidas. Percebam que depois do encontro de Maria e Isabel, esta diz: “Bem-aventurada a que creu porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor”..., ou seja, você é feliz por ter crido no Senhor.

São as atitudes que nos diferenciaram de todo o resto, como a de Maria que creu indubitavelmente que o Senhor cumpriria aquilo que havia dito, mas identifico outras nuances interessantes nesse texto. Maria não somente creu, aí você deve estar falando, mas isso não é o principio? Sim, mas não para nisso. Veremos três pontos importantes no texto que se deu com Maria, mas que são princípios universais e que estão presentes na bíblia e no contexto das sociedades.

São estes os princípios:


Nos cercamos de pessoas que reforçam nossos comportamentos e convicções. (Lc. 1:39-40)

Creio que para uma mulher seria bastante desonroso engravidar sem estar casada, ou melhor, prometida para se casar, tendo em vista os costumes daquela época. As mulheres deveriam apresentar uma conduta moral ilibada principalmente pela reputação do noivo. Mas Maria estava grávida do Espírito Santo, pela visitação do Altíssimo.
Quem acreditaria em tal argumento? O próprio noivo acreditou? Mas vocês lembram porque ela era bem-aventurada, porque ela creu e faria de tudo para ser obediente.
São dessas quebras em nossas vidas a que eu me reporto, estava tudo bem, Maria iria casar provavelmente teria filhos como teve, uma vida bem comum, mas de repente o anjo aparece. E agora? O que fazer? Crer e tomar algumas atitudes.

Maria faz exatamente o que todos fazem, e é este o principio, buscamos as pessoas que respaldarão nossas atitudes e pensamentos, porque precisamos dar continuidade ao crer.

É interessante como isso é verdade, aí percebemos as pessoas e a motivação do coração, os criminosos buscam os criminosos, justos os justos, queremos pessoas para nos espelhar e foi isso que Maria fez buscou seu par em Isabel. Afinal Isabel esperava João Batista, primo de Jesus naturalmente falando, mas sim o profeta que anunciaria a vinda do Messias.
Você não busca pessoas más para se espelhar se você é justo, você busca pessoas que por sua conduta lhe edificarão ( sem o jargão evangélico), os maus não tem amigos tem cúmplices, políticos tem correligionários ( interesseiros partidários). Mas você só encontra verdadeiros amigos nas pessoas que lhe ajudam a ser melhor, encontramos pessoas que falam não o que queremos ouvir, mas o que precisamos, caso contrário nós destruímos nosso projeto de vida. I Re. 22:1-37 - I Cr. 18:1-34

O exemplo mal está nessa referencia acima, o rei Acabe, como sempre, em toda sua trajetória de erro busca em seus profetas o respaldo para seus interesses, Acabe não houve Deus por intermédio de Micaías e morre. Por isso morremos quando somos nutridos por pessoas que reforçam nossos comportamentos destrutivos e achamos vida pelos que fortalecem nossos pensamentos dignos.


Não despreze a primeira impressão, discirna e considere. Lc. 1:41-46

Percebam as reações existentes no encontro de Maria e Isabel, as duas são tomadas pela presença do Espírito Santo em suas vidas. Isabel é nitidamente possuída pelo Espírito Santo de tal forma que a criança em seu ventre se estremece de alegria pela saudação e presença de Maria. Enquanto que Maria após a saudação de Isabel se põe a cantarolar, ....”Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador”...., me desculpem a linguagem nada formal, sabe aquela que falamos com os amigos mas “que doideira é essa? É isso mesmo que você está pensando, aquelas situações muito perturbadoras, aquele falta de “feeling” ao conhecer uma pessoa, ou uma profunda empatia, “não estou certo se devo fazer isso ou não”, são essas e outras coisas, são aquelas situações que algumas vezes nos acomete de modo inexplicável em que ficamos com “pulga atrás da orelha”, ou aquela sentimento de “bate pronto”. E é disso que eu falo, não podemos desconsiderar essas situações porque são elas que em determinadas circunstancias nos livram de um mal.

Agora isso não quer dizer que andaremos tateando, tendo sensações corrompidas e distorcidas e resolvendo tudo, não é isso, não é respaldo para não nos relacionarmos com as pessoas, para não obedecermos, porque muitas vezes isso é fruto de nossa inveja, ciúme, orgulho, desconfiança, não uma sensibilidade espiritual. Lembram-se do sonho da mulher de Pilatos e de sua advertência na véspera da crucificação de Cristo. Mt. 27:19.

Sabe, algumas vezes isso acontece comigo, só para exemplificar, uma vez acordei de madrugada com uma sensação pavorosa tinha certeza que tinha algo no meu quarto que não era humano nem animal, não sei se você já sentiu isso, mas eu em dados momentos discirno muito bem, fico extremamente incomodado, desconfiado e uma reação corpórea de arrepio me toma, por favor depois não vá dizer que quando se arrepia é sinal de algo, enfim orei não o bastante e me deitei virado para cima, me cobri parcialmente, aí que foi interessante quando comecei a cochilar algo de forma brusca puxou o lençol com um solavanco, levantei ajoelhei-me e com autoridade repreendi aquilo que me incomodava. Precisamos estar atentos a essas situações e discerni-las com sabedoria e prudência.


Tudo o que nós geramos nos transforma e nós transformamos tudo o que geramos. (Lc. 1:42)

Observe a saudação de Isabel a Maria, ....” Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”...., agora pare um pouco pra pensar no seguinte questionamento, Maria passou a ser bendita porque estava gerando o filho ou ela é escolhida para gerar o filho porque ela já é bendita? As duas afirmativas são corretas, é lógico, você está pensando obviamente que Maria somente seria Bendita porque carregava ali em seu ventre o Redentor da humanidade, porque era Jesus, o filho de Deus, o Deus feito carne. Até aí ótimo, tudo certo, mas porque ela é bendita por ser a escolhida? Maria era bendita não porque era única, ou possuía algo que a diferia das demais mulheres, ela poderia ter recuado, ter tentado tirar a criança, o que quero dizer é que Maria é bendita só por único motivo “A GRAÇA DO SENHOR” (Lc. 1:30), é por isso, entendo que pela graça do Senhor até aquilo que geramos ou é gerado, o que acontece conosco no decorrer do caminho, essas interrupções, pela GRAÇA DO ALTÍSSIMO podemos transformar. ALELUIA!!! GLORIA A DEUS!!!

Para concluir, e antes que eu me esqueça para os críticos de plantão, isso aqui não tem nada com Maria, ela serve apenas de exemplo, tem sim com Deus, enfim concluindo absorvo duas importantes lições disso tudo, devemos depender do Senhor em tudo, “crendo que aquele que prometeu é fiel para cumprir”, a bíblia nos diz que .....”Porque desde a eternidade ainda não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com olhos se viu Deus além de ti, que trabalha por aqueles que nele espera”....., e também diz que, .....”E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei”......
É mas não fico só neste ponto precisamos depender de Deus crendo que Ele é capaz de cumprir todas as promessas mas em segundo lugar precisamos ter atitudes, precisamos “pagar pra ver”, mesmo sabendo que poderemos sofrer preconceitos como os que Maria sofreu, mas disse ....“Aqui está a serva do Senhor, que se cumpra em mim conforme a tua palavra”...., ou como Josué e Calebe disseram: ....”Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela”...., compreendo que só assim romperemos com essa intermitência em nossas vidas e assim seremos plenos.



Com Amor e Carinho, Flávio Filho.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Tentativa de Compreensão

O dia-a-dia da vida nos obriga a sermos elétricos e por isso nestes feriados prolongados às vezes nos "pegamos" em momentos de profundo ócio, que nos leva a pensar em detalhes que às vezes não compreendemos. Você deve estar pensando, ele está “viajando” e estou mesmo, e por falar nessa dita compreensão é que me impressiono, com as adversidades da vida, as ditas loucuras, perguntas sem respostas, comportamentos destoantes das palavras e me pergunto por que somos tão complexos, tão obscuros, tão volúveis, tão breves e inconstantes e outras coisas mais? Queria compreender algumas nuances da vida. É compreender! E que compreensão difícil essa!
Penso que se pudéssemos como seres desenvolvidos, como nos auto-definimos, sermos mais práticos, mais tranqüilos, menos ansiosos e mais inteiros, mais suaves, menos estressados, tudo poderia ser diferente.
Esses dias tenho refletido nesses detalhes, talvez seja a crise da chegada dos trinta, "êpa" isso não significa velhice, a transição de tempos turbulentos para os tempos mais racionais, enfim as vezes paira no ar a tentativa de compreender determinadas facetas que não tem compreensão, porque quem sabe elas não existam de fato, ou será que existem e o difícil seja nós compreendermos o incompreensível. "Que Doidera". Isso já está dando nó. Por isso no afã de tentar compreender a vida e suas nuances, as alegrias, as dificuldades que ela nos impõe prefiro relaxar a surtar e saber que mesmo sem o total ou parcial entendimento, a vida vai continuar com essas mesma incertezas porém me apego a uma única certeza de que um dia tudo isso passará, nem lembranças sobrará, a paz se estabelecerá, a felicidade reinará e tudo isso inclusive a compreensão se findará.


Com amor e carinho, tentando compreender as loucuras dessa vida, Flávio Filho.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Vivificados e Transformados na Sequidão

"... O Senhor me levou em espírito e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos... eram numerosos e estavam sequíssimos... Então me disse: Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: Ossos secos ouvi a palavra do Senhor... Então profetizei... e eis que se fez um reboliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso... E profetizei como ele me deu ordem: então o espírito entrou neles e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo." (Ezequiel 37.1-14)

Esse é um texto bastante comum entre os evangélicos, o famoso vale dos ossos secos, a narrativa do profeta Ezequiel, depois que o Senhor o transladara a tal cenário. Esse texto nos revela algumas perspectivas importantes fundamentadas na esperança firmada no poder de Deus. Até que ponto conseguimos a resolução de problemas sem o auxílio de Deus? Até onde vai nosso limite? E onde Deus começa a agir?
Somos seres dotados de intelecto e por isso sempre temos uma pronta saída pra tudo, assim como Ezequiel teria, caso fosse enviado a um vale de pessoas doentes, fraturadas, enfim parcialmente impossibilitadas. Talvez sugerisse algum tratamento, quem sabe um medicamento, mas notem que Deus o levou a um vale de mortos, já com ossos sequíssimos, vou ser até mais contundente, na verdade era apenas um emaranhado de ossos. Não eram esqueletos. É uma visão que retrata fim, caso encerrado. Uma total impossibilidade e incapacidade de reversão. Aparentemente, é o fim de tudo. Deus queria ver qual a reação de Ezequiel, .... “Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos?”.... Mas será que os recursos divinos também se esvaíram? Penso que agora é que vão se manifestar!

Quando nossas soluções falham, vêm à tona os recursos de Deus. Veja o caso de Lázaro (João 11). Jesus chegou quatro dias depois do seu sepultamento. Parecia tarde demais, mas Ele chegou na hora certa, e ele foi ressuscitado. Ele nunca se atrasa!
Poderíamos comparar Aquele cenário do vale a uma vida seca, desarticulada, desorganizada, sem Deus. E porque não estabelecermos esta comparação também à igreja? Mas isso se configura em Vida? Mais parece morte!

Vivemos Desorganizados em muitas áreas, nos sentimentos, nos negócios, nos objetivos, na família, no espiritual, na igreja. É na igreja! Que por sua vez é desorganizada nos propósitos, na palavra, vida de oração, na comunhão, prioridades etc. Muitas pessoas hoje são verdadeiros morto-vivos, a exemplo de muitas igrejas, tudo conseqüência dos membros desarticulados. Já sepultaram seus sonhos e seus ideais. Deus disse ao profeta: "Filho do homem, profetiza aos ossos: ossos secos ouvi a palavra do Senhor...". A Palavra de Deus é a solução para o problema do homem. É através da pregação e do ensino da palavra que os mortos espirituais viverão, os fracos, os cansados e desanimados se renovarão e as crianças terão alimento. A Palavra de Deus é viva (Hb.4.12) e comunica vida. Aqueles que receberem de bom grado essa Palavra serão por ela transformados e vivificados.

Cada osso vai encontrando seu lugar no corpo. Isso pode ser usado de forma aplicada para dizer que cada pessoa vai se estruturando em todas as áreas da vida, por conseguinte se encontram na sociedade na família e encontram sua posição no corpo de Cristo, que é a igreja. Vai encontrando sua razão de viver, sua missão, seu objetivo de vida, sua função.

O texto destaca ainda a importância da ação do Espírito de Deus sobre nós. Revela-nos nossa ineficiência sem sua ajuda. Somos apenas corpos, de nada adiantando tudo estar no seu lugar, se não houver a ação do Espírito Santo, se não houver unção, se não houver poder. E o pior, ainda tem gente sem o Espírito, sem Unção (favor de Deus) e sem equilíbrio e acha que ta tudo bem! A igreja está cheia de todas as coisas tradição, superstições, crendices, só não temos visto o poder do Espírito. Mais uma vez queremos fazer tudo por nossa conta ou quando pior somente aquilo que não fere nossos conceitos. Precisamos do Espírito e rápido.

Imagine um motor de um carro que estivesse bem montado, mas sem o lubrificante e o combustível necessários ao seu perfeito funcionamento. Assim, nossas vidas, famílias, profissões e por fim, elas mesmas, nossas igrejas não devem ser apenas organizações bem estruturadas, prédios suntuosos. Isso é bom, mas não é suficiente. Não podemos funcionar sem o poder do Espírito Santo, sem a unção dos céus.
Uma vez que estamos vivificados pela Palavra, e ungidos pelo Espírito, tornamo-nos um exército forte e numeroso. Deus não ressuscitou aqueles mortos para que cada um fosse cuidar de seus próprios interesses. Deus os ressuscitou para que se tornassem um exército para lutar na causa do Senhor. Aqueles que são vivificados, salvos pelo Senhor, serão usados para alcançar outros. Isso não quer dizer que deixaremos de cumprir com os nossos deveres. Vamos trabalhar, estudar, divertir, etc. Mas nada disso ocupará o lugar de Deus em nossas vidas. Nada disso poderá impedir que façamos nosso trabalho na obra de Deus. Ele nos ressuscitou (Ef.2.1-2). Logo, nossa vida pertence a Ele e vamos viver para a Sua glória. E por isso pelo poder do seu Espírito e a força da sua palavra seremos tirados de nossas sepulturas espirituais sendo levantados sobre a face da terra como um poderoso exército para conquistarmos em Seu nome e sendo o Seu nome exaltado. Amém!







Com Amor e Carinho, Flávio Filho

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O Despertar da Autoconfiança

"Nosso maior medo não é o de sermos incapazes. Nosso maior medo é descobrir que somos muito mais poderosos do que pensamos. É nossa luz e não nossas trevas, aquilo que mais nos assusta. Vivemos nos perguntando: quem sou eu, para ser brilhante, belo, talentose e fabuloso? Na verdade, Quem é você para não ser? Procurar ser medíocre não vai ajudar em nada o mundo ou os nossos filhos. Não existe nenhum mérito em diminuir nossos talentos, apenas para que os outros não se sintam inseguros ao nosso lado. Nascemos para manifestar a glória de Deus – que está dentro de nós, e não apenas em alguns eleitos. Quando tentamos mostrar esta glória, inconscientemente damos permissão para que outros possam também manifestá-la. Quanto mais livres formos, mais livres tornamos aqueles que nos cercam."

Discurso de posse de Nelson Mandela, 1989. (Prêmio Nobel da Paz).

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Preparando-se para o Maior de Deus




Então, o anjo do Senhor veio e assentou-se debaixo do carvalho que esta em Orfa, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão seu filho estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas. Jz 6:11


Muitos de nós queremos o manifestar de Deus em nossas vidas, grandes bênçãos, enfim conhecermos e desfrutarmos dos planos D’Ele, mas nos confundimos pensando que Deus de uma maneira mirabolante mudará tudo que estamos fazendo, (não que Ele não possa), pensamos que seus planos para a nossa existência virão de forma inesperada. E isso não acontecerá por que Deus não se adianta, não atropela seus planos. Ele quer primeiro trabalhar conosco através daquilo que estamos fazendo e de forma gradativa, caso contrário ficaríamos tateando como quem diz: e agora Senhor qual a próxima determinação?

Se pensarmos dessa forma, corremos o risco de arruinar todo o trabalho que estamos fazendo, devemos sim ouvir o Senhor, mas devemos continuar a lida e não esperarmos, como computadores que esperam o próximo comando. Devemos nos empenhar em concluir o que estamos fazendo, este foi o erro de Israel esperava o messias para salva-los de maneira súbita e gloriosa da dominação romana mesmo eles incorrendo em seus velhos erros.

Um bom exemplo dessa forma gradativa dos planos de Deus é Gideão, “... estava malhando trigo no lagar, para o salvar dos midianitas ...”, percebam que Gideão não estava de braços cruzados esperando Deus dizer a ele para onde deveria ir. Existem pessoas hoje dessa maneira, que não tomam atitude, não atitude precipitada, atitudes pautadas nos princípios e valores de Deus.

Gideão não era nem um louco que saía por aí fazendo qualquer coisa que ele achava ser certo, veja o que o anjo diz: “... o Senhor é contigo, varão valoroso ....”, mas ele teve a atitude e o Senhor o viu trabalhando no lagar.

Além disso, Gideão era comprometido, apesar de sua visão limitada, tinha compromisso com sua família, poderia estar na colina lugar habitual de malhar o trigo e, mais fácil, mas foi prudente resolveu ir a um buraco (lagar) evitando assim ataques dos inimigos, homem de recursos.

Percebam que Gideão não é afoito, mas é obediente, hoje em dia muitos resolvem deixar tudo para fazer outras coisas, seja paciente o Senhor te exaltará. Gideão procurou provas concretas afinal ele tinha responsabilidades com sua família. O chamado era verdadeiro, mas ele tinha que confirmar, ele tinha dúvidas sobre o chamado, pois se sentia inapto à obra.

Uma vez confirmado por Deus não vacilou obedeceu, obedeça meu irmão, ”.... é melhor obedecer que sacrificar ....” (I Sm 15:22).

As características da personalidade de Gideão foram consagradas a Deus, mesmo com suas falhas e fraquezas, e ainda assim continuou sendo servo do Senhor, o Juiz que Deus escolheu para livrar Israel da mão dos midianitas. Se você consegue ver falha em Gideão e assim mesmo ele serviu, estaria disposto a servir da mesma forma?

Lembre-se, o que você esta fazendo é importante e que Deus quer te usar e tem uma finalidade por meio dessa tarefa. Concentre-se por que o amanhã pertence a Deus e o Senhor te preparará para ele, como diz o ditado não adiante o carro na frente dos bois. (Jz 6:15-16/Sl 113:7-8).



Com amor e carinho Flávio Filho